Desde o primeiro momento em que a conheci, soube que ela era diferente. Não era apenas sua beleza hipnotizante ou seu jeito envolvente, mas a intensidade com que vivia cada momento. Seu toque era viciante, seu olhar carregava promessas de prazeres sem fim, e seu desejo parecia não ter limites. Fui tragado para o seu mundo sem hesitar, encantado por sua liberdade, sua ousadia e pela forma como me fazia sentir. Eu não apenas a queria—eu a precisava. Quando nos casamos, pensei que seria o único a desfrutar daquela paixão insaciável. Achei que o compromisso mudaria algo, que o amor bastaria para satisfazê-la. Mas logo percebi que sua fome era maior do que qualquer aliança poderia conter. No começo, tentei ignorar os sinais: os olhares furtivos para outros homens, os comentários sugestivos, a forma como ela parecia sempre desejar mais do que eu podia dar. Me enganei, me iludi, quis acreditar que tudo não passava da minha imaginação.

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